Na década de oitenta, na Europa, os pesquisadores patrocinados pela comunidade européia, fixaram-se também no desenvolvimento de um padrão único, que foi chamado originalmente de memorando. Em 1996, já com o projeto eureka, os europeus chegaram a uma alternativa similar a japonesa, batizada de MAC (multiplexed analog components).
Para alta definição foi criada a versão do HD-MAC, cuja principal diferença era operar com um maior número de pixels. Os europeus lançaram o embrião do que seria um caminho próprio na procura pela TV de melhor qualidade visual, a DVB.
A DVB (Digital Video Broadcasting): adotado comercialmente em 1998, pelo Reino Unido, o padrão também foi abraçado por Índia, Austrália e Nova Zelândia. O consórcio responsável pela sua definição reúne mais de 270 empresas. Possui padrões para transmissão terrestre (DVB-T), por cabo (DVB-C) e satélite (DVB-S). É conhecido por ser mais versátil, facilitando a transmissão de múltiplos canais virtuais na mesma freqüência. Opera na freqüência de 8 MHz, fator que o deixa em desvantagem em relação ao japonês e ao americano, que operam em 6 MHz, mesmo espectro usado no Brasil para a TV aberta.
Ficou com os europeus o mérito de desenvolver a tecnologia que comprimia os dados de uma forma satisfatória para a transmissão segura de vídeo de alta definição.
Em paralelo aos avanços que obtinha com o formato MPEG, a Europa preocupava-se em fixar um padrão único para a radiodifusão digital.
Para o desenvolvimento do padrão Europeu, foi definido que, uma das maiores prioridades seria a recepção do sinal com antenas internas, que no padrão Americano é de péssima qualidade. A solução encontrada foi a substituição da modulação 8-VSB pela modulação COFDM, que possuía uma maior robustez.
Na Europa as escolhas feitas privilegiaram a multi-programação, através da transmissão de múltiplos canais SDTV a fim de comportar a demanda reprimida por mais emissoras. Além disto outro fator importante na escolha da multi-programação é a aparente falta de receptividade do mercado europeu aos aparelhos de tela grande.
Além dos países europeus, este padrão foi adotado pela Austrália e por Singapura.
O sistema de transmissão digital usa a codificação MPEG-2 digitalizar as imagens, o mesmo padrão de codificação usado pelo DVD. A diferença entre os sistemas de transmissão está na maneira com que as imagens são codificadas para a transmissão, o formato de vídeo antes da codificação, o formato de vídeo após a codificação e a maneira com que o áudio é codificado.
O padrão europeu,vem desenvolvendo a capacidade de transmissão,para aparelhos móveis com a variação do DVB-H (Digital Video Broadcasting – Handheld), caso este tivesse sido escolhido pelo Brasil, as empresas de telefonia celular poderiam ter interesses em subsidiar os custos dos aparelhos para poder oferecer mais serviços a apartir da tecnologia de TV digital, segundo análise de pesquisadores.
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